by Guilherme Buesso

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Maratona de Livros #5: O Diário de Anne Frank

  Olá, leitores. Hoje irei fazer uma resenha do livro "O Diário de Anne Frank", que li há pouco tempo, pela biblioteca da escola. Primeiramente, gostaria de agradecer a meu colégio por ter esta obra tão importante para conhecimento histórico.
    Sempre quis ler a obra de Anne Frank, mas sempre procrastinei e partia para outros livros. No entanto, apareceu uma oportunidade: eu tinha de ler um livro para fazer dele um resumo para a aula de Língua Portuguesa. Sem querer, me deparei com uma dúvida inconcebível, escolher entre ler Sherlock Holmes ou Anne Frank — Ambas obras que sempre almejei ler. Escolhi, portanto, a escrita de Anne Frank pois não queria pegar um conto no meio da história, como chegaria em minhas mãos a obra de Doyle. O livro conta os anos vividos pela garota durante o holocausto, tendo passado alguns anos de paz na Holanda, uma vez que era de origem alemã. Quando a situação ficou mais prejudicial á família Frank, tiveram que se esconder para evitar a sofrida realidade que todos os judeus tinham: ir para o campo de concentração. Já no Anexo Secreto, que se encontrava no prédio do escritório do pai da garota, Anne dividiu a "casa" com mais sete pessoas, foi lá onde escreveu a maior parte de seu diário e descrevia os sonhos de uma garota no ápice da puberdade. Com a família que estava partilhando o espaço, estava presente Peter, um garoto que logo cederia pelos charmes da jovem e vice-versa. Peter era mais velho que ela e ambos os pais não aprovavam tanto essa união. 
    Contudo, Anne Frank também tinha coisas que adoraria fazer quando saísse do esconderijo: se tornar uma cidadã holandesa, ser jornalista e escritora. Pensando nisso, a garota já sabia que publicaria o diário para que o mundo testemunhasse seus anos oprimidos, então, separou o diário em partes a e b. Tinha somente seus escritos e livros para destruir o ócio, estudava francês, inglês, matemática e afins, por correspondência, o dia inteiro. Infelizmente, Anne não vivera o suficiente para publicar sua obra ela mesma: na manhã de 4 de agosto de 1944 — entre dez e dez e meia —, os oito integrantes do Anexo são descobertos e presos, junto á seus cúmplices Johannes Kleiman e Victor Kluger. Depois de Westerbork, foram transferidos á Auschwitz, na Polônia, onde todos morreram com alguma doença ou exaustão sofridas. Otto Frank (pai de Anne) é o único a sobreviver a guerra, e retorna á Amsterdã quando publica o diário de sua filha em 25 de Junho de 1947. 
    O livro é essencial para quem quer se aprofundar, em detalhes minuciosos, na vida durante a Segunda Guerra Mundial. O dilema lamentável em qual viviam os judeus, sempre sendo diferentes e destacados de maneira negativa dos outros. No decorrer do livro, é possível se identificar com Anne, dependendo de sua personalidade. Do mesmo modo, ela parece egoísta de certa maneira, mas sempre é possível enxergar que ela estava num ambiente que expelia estresse, e ela era a esponja. A prosa da jovem é notavelmente admirável, estilo literário essencial para compor uma obra de notável narrativa. Em resumo, o livro não é tão chamativo para pessoas que realmente não querem obter minúcias do holocausto, e que não têm paciência para desenvolver um hábito de leitura. 
    Anne Frank realmente me fez refletir o quão almejado a liberdade era para ela, coisa que temos de sobra e desperdiçamos sempre reclamando de fatores nem tão importantes assim para nossa vida. Anne foi uma garota judia que só queria que sua religião fosse igualitária com as outras, sem sofrer quaisquer tipos de discriminação sob sua crença. O que também nos revela o quão é primitivo a aceitação humana em relação áquilo que difere do ordinário.