Se você estuda numa escola pública, sabe que as conquistas podem ser mais desafiadoras para serem atingidas, mas isso não significa que são impossíveis. Na volta as aulas das férias de inverno deste ano (2015), foi realizada na minha escola a OBA. Por conta do "magnífico" professor de Matemática que não me deixou descer para saber a data da prova, fiz minha inscrição três dias antes da prova e no dia que seria, simplesmente me tiraram da sala de aula sem nada avisar, detalhe que eu nem sabia que dia seria a prova.
Fui fazer a prova tranquilo e animado porque eu gosto do conteúdo, e além disso, eu tinha baixado o aplicativo da OBA com simulados pra estudar (as horas sentado no trono do banheiro esquecendo da vida funcionaram!). Mais alguns garotos e apenas uma garota da minha sala fizeram a prova. Tudo não era bem estruturado, sem infraestrutura para receber este tipo de projeto. Sentávamos em grupos na mesma mesa larga, podendo um colar do outro. Me mantive quieto enquanto achava a prova fácil de mais, a garota do meu lado se descabelava tentando conduzir seu raciocínio á resposta. Os garotos não paravam de rir, tentavam colar mas eu sabia que iriam e não deixava. Na conclusão, achei que a prova foi uma brincadeira porque entre os oitocentos alunos da escola, não tinha como eu me destacar, mesmo achando as perguntas simples; considerando que todos ali tinham a capacidade de colar.
Quase quatro meses se passaram desde que fiz a prova, até tinha esquecido que havia feito. Até que num belo dia, numa tenebrosa Reunião de Pais de Mestres (que eu não compareci) estavam entregando certificados de participação para quem fez, o meu nome foi o primeiro da lista mas adivinhem, eles não achavam o certificado. Minha professora foi procurar, sem sucesso voltou dizendo pra minha avó que eu tinha ganhado uma medalha de primeiro lugar da escola. Minha avó, coruja que é, chegou em casa me beijando e me agradando. O que mais me irritou foi a demora da entrega da medalha, demorou uma semana o que era para ter sido entregue em um único dia. O que importa é que agora ela está comigo. Ainda não tenho o certificado em mãos, adivinhe, eles não acharam.
Isso ergueu minha auto-estima em relação a concursos que prestarei até o final do ano. Mas não quer dizer que eu vou esperar a inteligência cair do céu ou a sorte, tenho que ter uma base teórica.
É o nono ano, o ano que tudo se desfaz e refaz. Nova escola, novos amigos. Estou grato e em eterna dívida com a vida por me fazer desfrutar do meu último ano naquele lugar. Agradecer que estou marcado lá.
Obrigado por ler até aqui, se você gostou, compartilhe e divulgue para seus amigos! <3